quarta-feira, 8 de abril de 2020


10. Bruckner: sinfonia nº 9 |

...e não, João... não me esqueci de Bruckner. Proponho começar pelo fim, pela sua última sinfonia, a nº 9, aquela que, segundo alguns, nunca chegou a acabar (... eu discordo... parece perfeita para mim!). Ok para ti?






Para o meu amigo João Ferreira. O meu entusiasmo só é superado pelo teu.






Como seria porventura de esperar (... sim, João), a partilha de hoje é sobre Anton Bruckner: camponês afeto à simplicidade rural, da parte Anton; colossal organista de órgãos... e orquestras, da parte Bruckner (... se virá do pai ou da mãe é irrelevante para esta reflexão).
E aplicando uma continuidade lógica, deste modo também aguardada (... sim, João), tomarei em conta a sua sinfonia nº 9, que na realidade seria a sua 10ª tentativa (porque atribuiu um "0" a uma outra, a "Die nullte"), ou eventualmente a 11ª (porque também há registos de uma "00", que, ao que parece, terá sido utilizada para fins didáticos, daí o nome "Studiensymphonie"). Os problemas aritméticos sempre existiram na música (vulgo: cachet...), contudo, neste caso, o esgotamento nervoso de que chegou a padecer e que era notório na obsessão em contar tudo o que podia ser contado, poderá ser alegadamente uma explicação, se bem que os registos da época apontem para que tenha recuperado aparentemente bem...
No que é essencial para a compreensão, faltará ainda referir que Bruckner terá dedicado a sua 9ª sinfonia ao seu querido Deus (daí o "Dem Lieben Gott"), explicação pela qual podemos pressentir a trajectória ensaiada para chegar aos céus, que o Anton viria a percorrer a 11 de Outubro de 1896.

Nuno Oliveira  




"Sinfonia nº 9, em ré menor, "Dem Lieben Gott""

Extractos que proponho para audição:

  • Columbia Symphony Orchestra
  • Bruno Walter
  • Sony, 518812 2
"o belo": vale a pena ouvir toda a sinfonia (este é um exemplo do que levaria para uma ilha
                deserta), no entanto refiro alguns pormenores diferenciadores que dão a este registo o
                upgrade justificador; 1º andamento; tutti nos primeiros 3 min (Órgão orquestral!) e aos
                21:50 (O misterioso desconhecido!) e 22:22 (Um acorde vindo do abismo!); 3º andamento;
                trompa e tutti aos 22:51-Despedida? (Da convocatória celestial à despedida (?))
                [youtube-I] [youtube-II] [youtube-III]



 


  • Chicago Symphony Orchestra
  • Carlo Maria Giulini
  • EMI, CDM 5 65177 2
"o belo": 1º andamento; tutti nos primeiros 3 min (Órgão orquestral: parte 1.) [youtube-I]
                [youtube-II] [youtube-III]






  • Chicago Symphony Orchestra
  • Georg Solti
  • Decca, 417 295-2 DH
"o belo": 2º andamento; tutti nos primeiros 2 min (Órgão orquestral: parte 2.) [youtube-II]
                [youtube-I] [youtube-III]



 


  • Berliner Philharmoniker
  • Daniel Barenboim
  • Teldec, 9031-72140-2
"o belo": 3º andamento; tutti aos 0:00-Céu! (Misticismo religioso a cada nota.) [youtube-III]
                [youtube-I] [youtube-II]






   
Outras sugestões:



 

 

 
















  • Jeffrey Tate/Rotterdam Philharmonic Orchestra/EMI, CDR 5 69797 2; [youtube-I-III]






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Anton Bruckner [Viena, cerca de 1896]
 



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"Entusiasmo insuperável"





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