46. Händel: O Messias |
A oratória "O Messias", de Georg Friedrich Händel, uma homenagem do "Special One" ao Greatest One of All.
Para a milenar Ederoni e as suas gentes.
Do vosso filho, que em Oronhe se sente em casa.
Georg Friedrich Händel nasceria alemão a 23 de Fevereiro de 1685, na cidade alemã de Halle, tendo vindo a falecer anglo-germânico, como George Frideric Handel, a 14 de Abril de 1759, em Londres, no Reino Unido. Se se sentiria mais anglo ou mais germânico no momento do balanço final, é algo que porventura nunca o iremos saber com verdadeira certeza (um palpite que também não arrisco), contudo já no dia do seu nascimento, atrevo-me a especular que o seu pai, Georg Händel, um cirurgião-barbeiro (e não, não estou a brincar, porque supostamente se tratava de uma profissão da área médica bastante comum naquela época), não imaginaria a carreira musical de sucesso que, no mês seguinte, seguramente o organista da cidade de Eisenach, Johann Ambrosius Bach, auguraria para o seu filho recém-nascido, Johann Sebastian. Se considerarmos que a genialidade infectou o primeiro e se propagou ao segundo, e atendendo à qualidade do asfalto das vias terrestres germânicas à época (apenas) e a ligações fluviais inexistentes (os "Ribeiros" estavam em Eisenach...), então é possível dizer-se que a mesma só poderia ter sido transmitida via aérea, de cima para baixo, evidentemente, e segundo um ponto de vista puramente metafísico.
✨ Extractos que proponho para audição: (nota: ver também publicações nº 57 e 61)
Obrigado por todas as manhãs de Natal, passadas e futuras (este 2020 não trouxe um presente que queria, mas trouxe outros que me deixam agradecido e confiante), e por um sábado em festa que a juventude não me deixou evidenciar, mas que a maturidade pretende compensar. [13-02-1999]
Georg Friedrich Händel nasceria alemão a 23 de Fevereiro de 1685, na cidade alemã de Halle, tendo vindo a falecer anglo-germânico, como George Frideric Handel, a 14 de Abril de 1759, em Londres, no Reino Unido. Se se sentiria mais anglo ou mais germânico no momento do balanço final, é algo que porventura nunca o iremos saber com verdadeira certeza (um palpite que também não arrisco), contudo já no dia do seu nascimento, atrevo-me a especular que o seu pai, Georg Händel, um cirurgião-barbeiro (e não, não estou a brincar, porque supostamente se tratava de uma profissão da área médica bastante comum naquela época), não imaginaria a carreira musical de sucesso que, no mês seguinte, seguramente o organista da cidade de Eisenach, Johann Ambrosius Bach, auguraria para o seu filho recém-nascido, Johann Sebastian. Se considerarmos que a genialidade infectou o primeiro e se propagou ao segundo, e atendendo à qualidade do asfalto das vias terrestres germânicas à época (apenas) e a ligações fluviais inexistentes (os "Ribeiros" estavam em Eisenach...), então é possível dizer-se que a mesma só poderia ter sido transmitida via aérea, de cima para baixo, evidentemente, e segundo um ponto de vista puramente metafísico.
Já do ponto de vista cinematográfico, poder-se-ia comparar a vida de Handel a uma minissérie de sucesso, com três episódios. O primeiro introduziria a infância e a formação musical na Alemanha, em passagens por Halle, Hamburgo e Hanôver, a acção atravessaria os Alpes, de seguida, para se desenvolver em Itália à descoberta, aprendizagem e domínio do género da ópera barroca, em Roma, Nápoles e Florença, até à conclusão final, agora em Londres, onde chega em 1710, com o sucesso de um músico alemão com escola italiana, e que, por esse motivo, necessita de redobrados esforços e alguma astucia para conquistar o publico inglês, características que Handel na realidade possuiria e que viria a por em prática na criação de um Te Deum com laivos ao gosto do popular Purcell, cuja estreia na Catedral de S. Paulo, em 1713, teria de tal modo agradado à Rainha Anne que seria oficializado Compositor do Reino e obtido o favorecimento da coroa, a partir daí. As suas óperas italianas como Rinaldo, em 1711, e Giulio Cesare, em 1724, fazem dele o compositor mais importante da sociedade londrina, mas seriam as suas oratórias, especialmente O Messias, a nova especialidade musical que mudaria o mundo e o tornariam (um cidadão inglês...) amado universalmente... numa espécie de prólogo vivido confortavelmente da sua residência londrina da Brook Street, uma escolha, porventura intuitiva, por um "Ribeiro" cuja corrente o continuaria a acompanhar, mas que nunca viria a conhecer.
A visão que temos hoje de Handel como o pai da oratória, é distorcida, em parte, pela popularidade do seu Messias. Na verdade, o temperamento explosivo no trabalho, algumas vezes reflectido nas ameaças em atirar músicos pela janela devido a alegadas faltas de concentração nos ensaios, e jovialidade fora dele, um socializador-apreciador da boa comida e do bom vinho, como se poderá atestar pela extensão do seu perímetro abdominal representada nos inúmeros retratos que nos deixou (na realidade, seria uma das figuras mais retratadas daquela época, o que demonstra também a imensa popularidade deste Special One, emigrante em terras de sua majestade), o seu virtuosismo ao teclado (do cravo, órgão... e caixa registadora, como tem de ser) e os estudos latinos que realizou, fariam dele um compositor de ópera nato. No entanto, a desaprovação deste género musical pelo Bispo de Londres obrigaria Handel a olhar para outros lados à procura de soluções (...em caixa). Handel voltar-se-ia, assim, para as histórias bíblicas do antigo testamento e protagonistas fortes como Saul, Baltazar ou Sansão, onde a maioria da música e das técnicas dramáticas da ópera poder-se-iam continuar a aplicar de forma apropriada. O Messias, contudo, não apresenta quaisquer personagens ou um verdadeiro enredo. O que o seu libretista Charles Jennens (Escudeiro de Gopsall, abastado patrono das artes, homem das letras e doido por Shakespeare... ou melhor, pela ficção de Shakespeare) escolheria, seria uma série de textos bíblicos que formariam a base para uma reflexão sobre os mistérios associados à chegada do Messias. Não contaria nenhuma história, mas seguramente promoveria em cada ouvinte o pensamento sobre as histórias que todos já conheciam. Ora, a imaginação de cada um aliada à música apelativa, construída a partir da ópera italiana, das paixões alemãs e dos hinos ingleses, tudo aquilo que Handel realmente era, viriam a ser a chave para o sucesso imediato. Já o que ainda nos leva a ouvir esta obra-prima passados quase três séculos, dependeria do brilho de uma música escrita com a genialidade da fé.
O Messias viria a ser a segunda oratória que Handel escreveria com textos bíblicos, depois de Israel no Egipto, onde também fora assistido por Jennens na selecção dos textos.
Após uma temporada de ópera desastrosa no inverno do 1740-1741, Jennens tomaria a iniciativa de elaborar uma colectânea de textos para que Handel pudesse escrever uma nova oratória baseada nas escrituras, e, desta forma, conseguisse recuperar algum do prejuízo financeiro ocorrido. A ideia teria sido a de apresentar uma nova obra num concerto durante a Semana Santa, numa altura em que as produções teatrais estariam proibidas, o que asseguraria a presença de largas audiências nas restantes representações artísticas (em caixa...). Jennens enviar-lhe-ia o texto em Junho de 1741, com a esperança perspectivada por aquilo que contaria ao seu amigo Edward Holdsworth: "Tenho esperança de que ele se entregue com todo o seu génio e empenho a isto, que a composição possa exceder todas as suas obras anteriores da mesma forma que o tema excede qualquer outro tema. O tema é o Messias...".
Não existem certezas sobre se Handel teria ou não a aprovação para apresentar alguma espécie de oratória na Semana Santa de 1742. No entanto, o autor teria supostamente outros planos para a sua criação, no sentido em que possuiria já um convite para dirigir uma série de concertos em Dublin, pelo que, aparentemente, teria sido com essa intenção que escreveria a música para O Messias em apenas três semanas, entre 22 de Agosto e 14 de Setembro de 1741, uma espantosa realização... com duas horas e meia de duração, dividida em cinquenta e três partes ([1-53]). Em Outubro viria ainda a compor a maior parte de Sansão, tendo deixado Londres de partida para a Irlanda em Novembro desse ano, levando uma mala cheia de música para vários meses de estadia, com as suas já populares Ácis e Galateia e Ester, e novidades como Sansão e o espectacular Messias.
O convite irlandês teria partido do Duque de Devonshire, Lord Tenente da Irlanda, com a encomenda de doze concertos. Contudo, O Messias não seria estreado em nenhum destes, ficando guardado para a ocasião especial que chegaria a 13 de Abril de 1742 ao New Music Hall, Fishamble Street de Dublin, uma sala com seiscentos lugares sentados, num concerto de beneficência cujo lucro ofereceria generosamente "Para a libertação dos prisioneiros das várias cadeias e para ajuda do Hospital de Mercer, na Rua de Estevão, e da Enfermaria de Caridade do Cais da Pousada". Ás damas teria sido pedido que não trouxessem leque, aos cavalheiros que deixassem a espada em casa e, assim, se angariariam 400£ para aquele propósito, e se alcançaria, ainda, um outro, o de dar a apreciar uma obra que, após a recepção entusiástica e pedidos insistentes de nobres e cidadãos comuns, viria a ser novamente apresentada no dia 3 de Junho, nas vésperas do seu regresso a Londres, desta vez para o benefício próprio de uma sala a abarrotar uma vez mais. A temporada de Dublin terminaria assim, em beleza, com o grau de sucesso directamente proporcional ao apelido que a imprensa irlandesa atribuiria à obra: "A Grande Oratória Sagrada"!
Já a sua estreia em Londres, em 1743, no Teatro Real Covent Garden, viria a ser mais controversa (o público londrino teria preferido o seu Sansão), tendo-se escutado fortes vozes de desacordo pela utilização de um teatro e de cantores de ópera, como Catherine Clive e Susanna Cibber, numa obra baseada nas escrituras sobre um assunto central para a crença cristã. Até Jennens declararia a sua insatisfação com algumas (não especificadas...) "partes mais fracas", o que porventura terá contribuído para que Handel rapidamente sucumbisse, uma vez mais, à paralisia do lado direito do corpo que lhe teria aparecido pela primeira vez em 1737 (durante um concerto dirigido por um Handel exausto, stressado e endividado), uma estranha doença da qual viria a recuperar (parcialmente, visto que manteve sempre alguma debilidade) pela intervenção das águas termais da cidade de Aachen, na sua terra natal, um quarto de século de 'Fish and Chips' que tentaria desintoxicar nas margens do Johannisbach... melhor sítio não poderia calhar.
As boas relações com Jennens seriam, entretanto, retomadas em 1744, com a encomenda do libreto para Baltazar e a aparente aceitação das suas sugestões (não especificadas...) para uma revisão que faria em 1745, numa tentativa de revitalização da obra, mas sem o sucesso que pretenderia. O Messias seria de novo revisto em 1749, com a utilização de solistas castrati, mas seria a revisão de 1750 e a utilização de vozes infantis (coro e parte solista) aquela que finalmente lhe proporcionaria o desejado sucesso londrino, percebendo-se a mudança dos sentimentos do público que o levariam ao aplauso avassalador final, no concerto de beneficência para o recém construído Hospital dos Enjeitados, uma instituição dedicada ao cuidado de crianças abandonadas e dos órfãos de Londres, e um empreendimento que a alma caridosa de Handel apoiara exaustivamente e do qual era director.
Handel não nos deixaria, assim, uma única e definitiva versão do seu Messias. A sua aproximação era essencialmente prática (...em caixa), adaptando-se às condições existentes para determinada actuação, fossem circunstâncias ligadas ao nível das vozes solistas ou à disponibilidade do coro e da orquestra, mas sem nunca aceitar as excepções que não conduzissem a uma apresentação com a santificada pompa victoriana, da obra que chega até aos nossos dias como uma espécie de instituição nacional.
Os cantores presentes na noite da estreia londrina, poderiam ler as palavras inscritas no livro de texto que iria ser utilizado: "E sem controvérsia, grande é o mistério da divindade: Deus manifestou-se pela Carne, justificou-se pelo Espírito, foi visto por Anjos, pregado por Gentios, foi acreditado no Mundo e recebido em Glória. Nele se escondem todos os tesouros da Sabedoria e do Conhecimento".
Palavras que inspiram, frases que expiram e ideias que deram a vida por nós... na contracapa de um dos maiores legados da humanidade.
Nuno Oliveira
"O Messias, HMV56"
✨ Extractos que proponho para audição: (nota: ver também publicações nº 57 e 61)
- Arleen Augér, Anne Sofie von Otter, Michael Chance, Howard Crook, John Tomlinson
- The English Concert & Choir
- Trevor Pinnock
- Deutsche Grammophon Archiv Produktion, 423 630-2 AH2 (completo)
grandiosidade de uma interpretação de referência, do melhor que o catálogo
tem para oferecer. Nota 20 a não perder!), com alguns destaques a seguir;
[1-53] [youtube]
[2] - "Comfort ye my people" ("o belo" que é o sentimento na voz de Howard
Crook!) [youtube]
[3] - "Ev'ry valley shall be exalted" ("o belo" que é a exaltação na voz de
Howard Crook!) [youtube]
[4] - "And the glory of the Lord shall be revealed" ("o belo" da Glória do
Senhor revelado por um coro misto!) [youtube]
[6] - "But who may abide the day of his coming" ("o belo" que é a pureza na
voz de Michael Chance!) [youtube]
[7] - "And he shall purify" ("o belo" da purificação pelo som a múltiplas vozes!)
[9] - "O thou that tellest good tidings to Zion" (A doçura na voz de von Otter!)
[12] - "For unto us a Child is born" (Já nasceu o Menino! Que "o belo" É!)
[20] - "He shall feed his flock" (A excelência de von Otter mais uma vez!)
[26] - "All we like sheep have gone astray" (A maravilha coral dos The English
Concert Choir!) [youtube]
[40] - "Why do the nations so furiously rage" (Aquela luz na voz de John
Tomlinson...) [youtube]
[44] - "Hallelujah" (Este é "o belo" património da humanidade!) [youtube]
[45] - "I know that my Redeemer liveth" ("o belo" na voz celestial de Arleen
Auger!) [youtube]
[48] - "The trumpet shall sound" (John Tomlinson= UAU!) [youtube]
- Henry Jenkinson, Otta Jones, Robert Brooks, Iestyn Davies, Toby Spence, Eamonn Dougan
- Academy of Ancient Music, Choir of New College Oxford
- Edward Higginbottom
- Naxos, 8.570131-32 (completo)
of New College Oxford. "o belo" que é a mensagem de esperança trazida
por eles em "For unto us a Child is born". Bravo rapazes!)
[1-53] [youtube]
- Barbara Schlick, Sandrine Piau, Andreas Scholl, Mark Padmore, Nathan Berg
- Les Arts Florissants
- William Christie
- Harmonia Mundi, HMX2901498.99 (completo)
um grupo extraordinário de vozes solistas. Uma escolha de excelência.)
[1-53] [youtube]
- Heather Harper, Helen Watts, John Wakefield, John Shirley-Quirk
- London Symphony Orchestra & Chorus
- Colin Davis
- Philips, 420 865-2 PSL2 (completo)
que lhe sucederam. Forças volumosas e drama a condizer, dirigido
magistralmente pelo maestro inglês. Uma fabulosa opção a ter em conta.)
[1-53] [youtube]
- Lynne Dawson, Catherine Denley, David James, Maldwyn Davies, Michael George
- The Sixteen Choir and Orchestra
- Harry Christophers
- Hyperion, CDD22019 (completo)
adequados e visão clarividente do mestre Christophers. A não perder.)
- Joanne Lunn, Melanie Marshall, James Gilchrist, Christopher Purves
- Royal Philharmonic Orchestra, The Cambridge Singers
- John Rutter
- Collegium, CSCD 519 (extractos)
neste domínio que é o mestre Rutter. Coro e solistas de excelência.)
[1-53] [allmusic]
- Margaret Marshall, Catherine Robbin, Charles Bret, Anthony Rolfe-Johnson, Robert Hale, Saul Quirke
- English Baroque Soloists, Monteverdi Choir
- John Eliot Gardiner
- Philips, 412 267-2 PH (extractos)
e viva de Gardiner... e um pianíssimo inicial no Aleluia. A não perder também.)
- Kiri Te Kanawa, Anne Gjevang, Keith Lewis, Gwynne Howell
- Chicago Symphony Orchestra & Chorus
- Georg Solti
- London, 430 098-2 LH (extractos)
Te Kanawa no seu melhor.)
- Patrizia Kwella, Catherine Denley, John Mark Ainsley, Bryn Terfel
- London Musici e London Chamber Choir
- Mark Stephenson
- Conifer, CDCF 506 (extractos)
London Musici dirigidos irrepreensivelmente pelo mestre Stephenson.)
- Margaret Price, Yvonne Minton, Alexander Young, Justino Diaz
- English Chamber Orchestra, Amor Artis Chorale
- Johannes Somary
- Vanguard, 08 4019.72 (completo)
Coro e solistas de excelência, com destaque para o baixo Justino Diaz. A
excitação está lá.)
- Sylvia McNair, Anne Sofie von Otter, Michael Chance, Jerry Hadley, Robert Lloyd
- Academy and Chorus of St Martin in the Fields
- Neville Marriner
- Philips, 434 698-2 PH (extractos)
✰ Outras sugestões:
- Kathleen Battle/Florence Quivar/John Aler/Samuel Ramey/Andrew Davis/The Toronto Symphony & The Toronto Mendelssohn Choir/EMI, CDC 7 49407 2 (extractos) (Vozes extraordinárias num registo maravilhosamente dirigido pelo mestre Andrew Davis.) [1-53] [youtube], [3] [youtube], [4] [youtube], [9] [youtube], [12] [youtube], [20] [youtube], [26] [youtube], [40] [youtube], [44] [youtube], [45] [youtube], [48] [youtube]
∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞
Inscrição no Cruzeiro de Oronhe
"Ajuntamento popular por um bom motivo" [13-02-1999]
∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞
"For unto us a Child is born"
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sem comentários:
Enviar um comentário