34. Ravel: Daphnis e Chloé |
"Daphnis e Chloé", o nome de um sonho dentro de um sonho... que Maurice Ravel certa vez ousou sonhar...
Para os meus tios Manuel e Alcina (quis o destino que ele fosse irmão do meu pai, e ela irmã da minha mãe). Sem eles não teria sido possível viver a realidade algumas vezes difícil da infância, naquele imaginário de felicidade...
(...do sabor das torradas no leite ao fim da tarde, do cheiro a maresia da praia da Barra, do...)
O bailado Daphnis e Chloé, escrito pelo francês Maurice Ravel (1875-1937) a 5 de Abril de 1912 (data da conclusão da partitura), viria a ser o resultado da encomenda que Sergei Diaghilev, o famoso empresário e produtor artístico russo, lhe teria proposto, muito provavelmente durante a histórica primeira época dos icónicos Ballets Russes na Paris de 1909 (...e com ideias de tal forma originais que levariam três anos a ordenarem-se na mente do genial Maurice). Sergei Diaghilev, o visionário que nos primeiros anos do séc. XX, e antes da 1ª Guerra Mundial, tem a ideia genial de reunir as artes da música, da dança e do teatro em produções de bailado (...como a humanidade nunca mais viria a testemunhar, diria eu), já teria ficado impressionado com alguma da música do jovem Maurice, tendo-lhe dado instruções para que este trabalhasse com o brilhante coreógrafo, Mikhail Fokine, no tema da cultura grega que o mesmo ambicionava recriar há já algum tempo: a história de Daphnis e Chloé, um romance pastoral escrito por Longus, o poeta grego do séc. III.
Nesta obra, considerada muitas vezes como a mais rica e colorida partitura que terá composto (e a sua obra-prima, acrescento já agora), Ravel teria inicialmente as melhores intenções no que diz respeito às necessidades de palco requeridas por um nervoso coreógrafo e um ansioso produtor, ou não se encontrasse Diaghilev virtualmente na bancarrota, apesar do sucesso dos seus Ballets Russes representados em Paris no verão de 1908 (!?). Contudo, e à semelhança do que aconteceria também com outros grandes compositores no calor da criação (Stravinsky, Prokofiev, Debussy, ...), Ravel voaria, de igual modo, em direcção a novos horizontes, levando todos os outros a adaptarem-se o melhor que podiam (ou, eventualmente, queriam...). Na realidade, à "vasta sinfonia coreográfica em três partes... um grande fresco, mantendo menos duma antiguidade e mais de uma Grécia dos meus sonhos...", de Ravel, se identificariam, à partida, poucas semelhanças com a vontade de "recapturar a forma e a imagem das danças ancestrais gravadas a vermelho e negro nos vasos gregos...", de Fokine. Ora estas evidentes diferenças de aproximação à obra, provocariam alguma hesitação em Diaghilev, levando-o mesmo a ponderar cancelar todo o projecto após ter ouvido a versão para piano do bailado, interpretada pelo compositor. Felizmente essa intenção não teve consequências (pelo que fica perdoado esse teu pensamento Sergei!), uma vez que o desequilíbrio criativo (egos...), muitas vezes presente na construção de obras-primas imateriais (como é exemplo este Daphnis e Chloé), seria ultrapassado através dos necessários compromissos entre Maurice e Mikhail... embora transitando, de seguida, para o par Fokine-Nijinsky, a estrela da companhia e o primeiro Daphnis da história, logo após os primeiros ensaios (pois nada seria facilitado a Diaghilev... virtualmente falido... pois?!).
A expressão da dança na música de Ravel, se não fosse verdade teria que ser inevitável, ou não fosse o menino Maurice filho de mãe espanhola, do País Basco (...dum Bolero...) e de pai engenheiro, de ascendência Suíça (...dum movimento rítmico preciso...), e, ainda, sobrinho de um famoso decorador de interiores (...facto porventura revelador de um potencial ADN estético). No entanto, uma obra extrovertida como Daphnis e Chloé, só poderia ter sido escrita antes da 1ª Guerra Mundial: uma realidade que viria a devastar Ravel, um homem que se alista inúmeras vezes no exército francês, e se aproxima da morte na mesma proporção.
Este bailado, como diria Ravel no seu "Esboço Autobiográfico" de 1928 (... uma "impressão" do que teria vivido... comum naquela época), seria constituído por vários temas musicais que se integravam e desenvolviam através de um plano prévio bem definido, até culminarem na dança final que concluiria a obra. Nesse sentido, o autor usa (...eventualmente abusa) os recursos disponíveis numa grande orquestra, incluindo um volumoso naipe de percussão (... uma máquina de vento é utilizada em determinadas alturas), e um coro sem palavras (pois palavras para quê?... com tamanha sonoridade e movimento!), fora de cena.
A história de Daphnis e Chloé dividir-se-ia em três cenas e vinte e três quadros, sendo que alguns deles farão parte das duas suites de concerto que Ravel compilaria mais tarde. Na primeira cena, encontramo-nos num prado de árvores sagradas do deus Pan, numa tarde de Primavera [1]; rapazes e raparigas entram trazendo cestas de oferendas para o altar das ninfas de Pan, contando-se entre eles os apaixonados Daphnis e Chloé [2]; raparigas dançam à volta de Daphnis [3] e rapazes à volta de Chloé; entre eles está Dorcon, uma figura grotesca e rival de Daphnis, que tenta beijar Chloé [4]; Daphnis e Dorcon dançam pela conquista de um beijo de Chloé [5]; Dorcon dança de forma primitiva e grotesca [6] e a multidão prefere a graciosidade dos movimentos de Daphnis [7]; que é declarado vencedor, recebendo o tão desejado prémio: o febril beijo de Chloé... e o consequente estado de êxtase [8]; que acrescido da dança sensual da atraente Lyceion, uma jovem sua conhecida [9]; o impossibilita de resgatar Chloé do rapto que terá sofrido pelo grupo de piratas que entretanto entra em cena [10]; restando-lhe o consolo da recordação, materializado na sandália deixada por Chloé, e da oração às ninfas [11]; oração aparentemente satisfatória, no sentido em que três delas ganham vida, juntando-se ao desafortunado Daphnis na súplica pela segurança de Chloé junto ao altar de Pan [12]. A segunda cena é passada no barco dos piratas [13]; Chloé é trazida de mãos amarradas à presença de Bryaxis, o líder dos piratas, e, forçada a dançar, suplica pela libertação [14]; tenta escapar, mas é impedida [15]; até ao momento em que Sátiros mitológicos emissários de Pan (o objecto de recentes orações bem intencionadas), rodeiam os piratas, que fogem aterrorizados (deixando Chloé em liberdade) quando se veem a enfrentar o próprio deus Pan que, recordando-se do seu amor pela ninfa Syrinx, teria resolvido aparecer também [16]. Na Terceira cena final, encontramos Daphnis no prado sagrado inicial, prostrado, a lamentar a perda de Chloé, até que chega um grupo de jovens que o tentam animar, ajudar a despertar para um novo "amanhecer!" [17]; entretanto Chloé surge [18] e, como forma de agradecimento, os dois reencenam a história de Pan e Syrinx [19], a ninfa que, segundo a lenda, ter-se-ia evadido com sucesso da perseguição de Pan, que, a partir dos juncos quebrados do bosque de onde Syrinx teria desaparecido, criaria a flauta tradicional como prova do seu amor [20]. A pantomina concluir-se-ia com promessas de fidelidade de Daphnis junto ao altar de Pan [21]; seguindo-se a dança final [22]; num crescendo tumultuoso e selvagem, até à queda final de Chloé... nos braços de Daphnis (claro está!) [23].
O bailado viria a estrear a 8 de Junho de 1912, no Théâtre du Châtelet, em Paris, com Nijinsky e Karsavina nos papeis principais, cenários de Léon Bakst e Pierre Monteux na direcção. Uma difícil noite de estreia, sobretudo pela postura do corpo de ballet que, por não ter aparentemente compreendido a beleza e complexidade da partitura, optaria pela tradicional justificação da "música imprópria para a dança". Inicialmente teria sido assim, posteriormente já não. O que para Diaghilev fazia sentido artístico e financeiro (ou o exotismo da mistura da música francesa com a coreografia russa não fosse a abençoada receita para a regular entrada de capitais da "melhor" sociedade francesa), seria finalmente compreendido por Fokine (...um bolso assalariado) e Nijinsky (... um coração amado).
Equilíbrio restabelecido e sucesso atingido, o espectável quando a qualidade existe... como foi, é e será o caso real, deste Daphnis e Chloé... imaginário (?).
"Daphnis et Chloé"
✨ Extractos que proponho para audição: (ver também publicação nº 78)
uma sonoridade imbatível, num dos melhores registos do mestre Dutoit com a sua
maravilhosa orquestra do Quebec Canadiano.), com alguns destaques, referidos
a seguir:
[1-3]: tutti (O embalo dum sonho... e um minuto de irrequietação inocente...) [youtube]
[4-5] [youtube]
[6]: tutti, (Grotesco qb...) [youtube]
[7-8]: tutti (Espiritualidade natural... e depois, a transcendental...) [youtube]
[9-10] [youtube], [11] [youtube], [12] [youtube]
[13-14]: tutti, (Festim numa agremiação corsária, com amoladores de espadas e outras
personagens tribais à mistura!) [youtube]
[15-16] [youtube]
[17-18]: tutti, (Quando um amanhecer é poesia em forma de som, isso é "o belo"!)
[youtube]
[19-22] [youtube]
[23]: tutti, (Alegres tumultos finais... e um tributo ao arraial Polovtsiano, talvez!?)
[youtube]
em Boston no glorioso ano de 1955.)
[1] [youtube], [2] [youtube], [3] [youtube], [4] [youtube], [5] [youtube],
[6] [youtube], [7] [youtube], [8] [youtube], [9] [youtube], [10] [youtube],
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britânico. A não perder também.)
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[10] [youtube], [11] [youtube], [12-13] [youtube], [14-15] [youtube], [16] [youtube],
[17] [youtube], [18-20] [youtube], [21-23] [youtube]
a condizer. Um disco obrigatório para os melómanos de Ravel.)
Suite nº 2: "Nascer do dia" [youtube], "Pantomina" [youtube], "Dança geral" [youtube]
Suite nº 2: "Nascer do dia" [youtube], "Pantomina" [youtube], "Dança geral" [youtube]
✰ Outras sugestões:
Para os meus tios Manuel e Alcina (quis o destino que ele fosse irmão do meu pai, e ela irmã da minha mãe). Sem eles não teria sido possível viver a realidade algumas vezes difícil da infância, naquele imaginário de felicidade...
(...do sabor das torradas no leite ao fim da tarde, do cheiro a maresia da praia da Barra, do...)
O bailado Daphnis e Chloé, escrito pelo francês Maurice Ravel (1875-1937) a 5 de Abril de 1912 (data da conclusão da partitura), viria a ser o resultado da encomenda que Sergei Diaghilev, o famoso empresário e produtor artístico russo, lhe teria proposto, muito provavelmente durante a histórica primeira época dos icónicos Ballets Russes na Paris de 1909 (...e com ideias de tal forma originais que levariam três anos a ordenarem-se na mente do genial Maurice). Sergei Diaghilev, o visionário que nos primeiros anos do séc. XX, e antes da 1ª Guerra Mundial, tem a ideia genial de reunir as artes da música, da dança e do teatro em produções de bailado (...como a humanidade nunca mais viria a testemunhar, diria eu), já teria ficado impressionado com alguma da música do jovem Maurice, tendo-lhe dado instruções para que este trabalhasse com o brilhante coreógrafo, Mikhail Fokine, no tema da cultura grega que o mesmo ambicionava recriar há já algum tempo: a história de Daphnis e Chloé, um romance pastoral escrito por Longus, o poeta grego do séc. III.
Nesta obra, considerada muitas vezes como a mais rica e colorida partitura que terá composto (e a sua obra-prima, acrescento já agora), Ravel teria inicialmente as melhores intenções no que diz respeito às necessidades de palco requeridas por um nervoso coreógrafo e um ansioso produtor, ou não se encontrasse Diaghilev virtualmente na bancarrota, apesar do sucesso dos seus Ballets Russes representados em Paris no verão de 1908 (!?). Contudo, e à semelhança do que aconteceria também com outros grandes compositores no calor da criação (Stravinsky, Prokofiev, Debussy, ...), Ravel voaria, de igual modo, em direcção a novos horizontes, levando todos os outros a adaptarem-se o melhor que podiam (ou, eventualmente, queriam...). Na realidade, à "vasta sinfonia coreográfica em três partes... um grande fresco, mantendo menos duma antiguidade e mais de uma Grécia dos meus sonhos...", de Ravel, se identificariam, à partida, poucas semelhanças com a vontade de "recapturar a forma e a imagem das danças ancestrais gravadas a vermelho e negro nos vasos gregos...", de Fokine. Ora estas evidentes diferenças de aproximação à obra, provocariam alguma hesitação em Diaghilev, levando-o mesmo a ponderar cancelar todo o projecto após ter ouvido a versão para piano do bailado, interpretada pelo compositor. Felizmente essa intenção não teve consequências (pelo que fica perdoado esse teu pensamento Sergei!), uma vez que o desequilíbrio criativo (egos...), muitas vezes presente na construção de obras-primas imateriais (como é exemplo este Daphnis e Chloé), seria ultrapassado através dos necessários compromissos entre Maurice e Mikhail... embora transitando, de seguida, para o par Fokine-Nijinsky, a estrela da companhia e o primeiro Daphnis da história, logo após os primeiros ensaios (pois nada seria facilitado a Diaghilev... virtualmente falido... pois?!).
A expressão da dança na música de Ravel, se não fosse verdade teria que ser inevitável, ou não fosse o menino Maurice filho de mãe espanhola, do País Basco (...dum Bolero...) e de pai engenheiro, de ascendência Suíça (...dum movimento rítmico preciso...), e, ainda, sobrinho de um famoso decorador de interiores (...facto porventura revelador de um potencial ADN estético). No entanto, uma obra extrovertida como Daphnis e Chloé, só poderia ter sido escrita antes da 1ª Guerra Mundial: uma realidade que viria a devastar Ravel, um homem que se alista inúmeras vezes no exército francês, e se aproxima da morte na mesma proporção.
Este bailado, como diria Ravel no seu "Esboço Autobiográfico" de 1928 (... uma "impressão" do que teria vivido... comum naquela época), seria constituído por vários temas musicais que se integravam e desenvolviam através de um plano prévio bem definido, até culminarem na dança final que concluiria a obra. Nesse sentido, o autor usa (...eventualmente abusa) os recursos disponíveis numa grande orquestra, incluindo um volumoso naipe de percussão (... uma máquina de vento é utilizada em determinadas alturas), e um coro sem palavras (pois palavras para quê?... com tamanha sonoridade e movimento!), fora de cena.
A história de Daphnis e Chloé dividir-se-ia em três cenas e vinte e três quadros, sendo que alguns deles farão parte das duas suites de concerto que Ravel compilaria mais tarde. Na primeira cena, encontramo-nos num prado de árvores sagradas do deus Pan, numa tarde de Primavera [1]; rapazes e raparigas entram trazendo cestas de oferendas para o altar das ninfas de Pan, contando-se entre eles os apaixonados Daphnis e Chloé [2]; raparigas dançam à volta de Daphnis [3] e rapazes à volta de Chloé; entre eles está Dorcon, uma figura grotesca e rival de Daphnis, que tenta beijar Chloé [4]; Daphnis e Dorcon dançam pela conquista de um beijo de Chloé [5]; Dorcon dança de forma primitiva e grotesca [6] e a multidão prefere a graciosidade dos movimentos de Daphnis [7]; que é declarado vencedor, recebendo o tão desejado prémio: o febril beijo de Chloé... e o consequente estado de êxtase [8]; que acrescido da dança sensual da atraente Lyceion, uma jovem sua conhecida [9]; o impossibilita de resgatar Chloé do rapto que terá sofrido pelo grupo de piratas que entretanto entra em cena [10]; restando-lhe o consolo da recordação, materializado na sandália deixada por Chloé, e da oração às ninfas [11]; oração aparentemente satisfatória, no sentido em que três delas ganham vida, juntando-se ao desafortunado Daphnis na súplica pela segurança de Chloé junto ao altar de Pan [12]. A segunda cena é passada no barco dos piratas [13]; Chloé é trazida de mãos amarradas à presença de Bryaxis, o líder dos piratas, e, forçada a dançar, suplica pela libertação [14]; tenta escapar, mas é impedida [15]; até ao momento em que Sátiros mitológicos emissários de Pan (o objecto de recentes orações bem intencionadas), rodeiam os piratas, que fogem aterrorizados (deixando Chloé em liberdade) quando se veem a enfrentar o próprio deus Pan que, recordando-se do seu amor pela ninfa Syrinx, teria resolvido aparecer também [16]. Na Terceira cena final, encontramos Daphnis no prado sagrado inicial, prostrado, a lamentar a perda de Chloé, até que chega um grupo de jovens que o tentam animar, ajudar a despertar para um novo "amanhecer!" [17]; entretanto Chloé surge [18] e, como forma de agradecimento, os dois reencenam a história de Pan e Syrinx [19], a ninfa que, segundo a lenda, ter-se-ia evadido com sucesso da perseguição de Pan, que, a partir dos juncos quebrados do bosque de onde Syrinx teria desaparecido, criaria a flauta tradicional como prova do seu amor [20]. A pantomina concluir-se-ia com promessas de fidelidade de Daphnis junto ao altar de Pan [21]; seguindo-se a dança final [22]; num crescendo tumultuoso e selvagem, até à queda final de Chloé... nos braços de Daphnis (claro está!) [23].
O bailado viria a estrear a 8 de Junho de 1912, no Théâtre du Châtelet, em Paris, com Nijinsky e Karsavina nos papeis principais, cenários de Léon Bakst e Pierre Monteux na direcção. Uma difícil noite de estreia, sobretudo pela postura do corpo de ballet que, por não ter aparentemente compreendido a beleza e complexidade da partitura, optaria pela tradicional justificação da "música imprópria para a dança". Inicialmente teria sido assim, posteriormente já não. O que para Diaghilev fazia sentido artístico e financeiro (ou o exotismo da mistura da música francesa com a coreografia russa não fosse a abençoada receita para a regular entrada de capitais da "melhor" sociedade francesa), seria finalmente compreendido por Fokine (...um bolso assalariado) e Nijinsky (... um coração amado).
Equilíbrio restabelecido e sucesso atingido, o espectável quando a qualidade existe... como foi, é e será o caso real, deste Daphnis e Chloé... imaginário (?).
Nuno Oliveira
"Daphnis et Chloé"
✨ Extractos que proponho para audição: (ver também publicação nº 78)
- Choeur et Orchestre Symphonique de Montréal
- Charles Dutoit
- London, 400 055-2 LH
uma sonoridade imbatível, num dos melhores registos do mestre Dutoit com a sua
maravilhosa orquestra do Quebec Canadiano.), com alguns destaques, referidos
a seguir:
[1-3]: tutti (O embalo dum sonho... e um minuto de irrequietação inocente...) [youtube]
[4-5] [youtube]
[6]: tutti, (Grotesco qb...) [youtube]
[7-8]: tutti (Espiritualidade natural... e depois, a transcendental...) [youtube]
[9-10] [youtube], [11] [youtube], [12] [youtube]
[13-14]: tutti, (Festim numa agremiação corsária, com amoladores de espadas e outras
personagens tribais à mistura!) [youtube]
[15-16] [youtube]
[17-18]: tutti, (Quando um amanhecer é poesia em forma de som, isso é "o belo"!)
[youtube]
[19-22] [youtube]
[23]: tutti, (Alegres tumultos finais... e um tributo ao arraial Polovtsiano, talvez!?)
[youtube]
- Boston Symphony Orchestra, New England Conservatory Chorus
- Charles Munch
- RCA, 09026 61846 2
em Boston no glorioso ano de 1955.)
[1] [youtube], [2] [youtube], [3] [youtube], [4] [youtube], [5] [youtube],
[6] [youtube], [7] [youtube], [8] [youtube], [9] [youtube], [10] [youtube],
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[21] [youtube], [22] [youtube], [23] [youtube]
- City of Birmingham Symphony Orchestra and Chorus
- Simon Rattle
- EMI, CDC 7 54303 2
britânico. A não perder também.)
[1-2] [youtube], [3-4] [youtube], [5-6] [youtube], [7] [youtube], [8-9] [youtube],
[10] [youtube], [11] [youtube], [12-13] [youtube], [14-15] [youtube], [16] [youtube],
[17] [youtube], [18-20] [youtube], [21-23] [youtube]
- Ulster Orchestra, Belfast Philharmonic Society & Renaissance Singers
- Yan Pascal Tortelier
- Chandos, CHAN 9205
- New York Philharmonic, Camerata Singers
- Pierre Boulez
- CBS, MK 33523
dominou os anos 70. Distinção e carácter a ter em conta também.)
[1] [youtube], [6] [youtube], [7-8] [youtube], [9-10] [youtube], [11] [youtube],
[1] [youtube], [6] [youtube], [7-8] [youtube], [9-10] [youtube], [11] [youtube],
- Cincinnati Symphony Orchestra
- Paavo Järvi
- Telarc, CD-80601
a condizer. Um disco obrigatório para os melómanos de Ravel.)
Suite nº 2: "Nascer do dia" [youtube], "Pantomina" [youtube], "Dança geral" [youtube]
- Orchestre de Paris
- Charles Munch
- EMI, 7473562
mês após esta gravação. Podemos perceber a expressividade musical do lar e a
intensidade sonora como síntese da vida e da esperança no caminho que todos
teremos que percorrer um dia. Divino e incontornável.)
- Cleveland Orchestra & Chorus
- Christoph von Dohnányi
- Teldec, 4509-97439-2
Interpretação memorável da orquestra norte americana, com a qualidade
sonora da gravação em destaque. Um registo no limiar do erotismo a não perder.)
- New York Philharmonic
- Leonard Bernstein
- CBS, MYK 42541
Suite nº 2: "Nascer do dia" [youtube], "Pantomina" [youtube], "Dança geral" [youtube]
- Chicago Symphony Orchestra
- Daniel Barenboim
- Erato, 2292-45766-2
convincente do mestre Barenboim e da sua orquestra norte-americana.)
Suite nº 2: "Nascer do dia - Pantomina - Dança geral" [youtube]
Suite nº 2: "Nascer do dia - Pantomina - Dança geral" [youtube]
- Concertgebouw Orchestra, Amsterdam
- Bernard Haitink
- Philips, 416 495-2 PH
que se junta a direcção sedutora do mestre holandês. Uma boa opção.)
Suite nº 2: "Nascer do dia" [youtube], "Pantomina" [youtube], "Dança geral" [youtube]
Suite nº 2: "Nascer do dia" [youtube], "Pantomina" [youtube], "Dança geral" [youtube]
- Orchestre de la Suisse Romande, Choeur de la Radio Suisse Romande
- Armin Jordan
- Erato, 2292-45264-2
adequada. O "Le Tombeau de Couperin" é simplesmente fabuloso.)
Suite nº 1: "Nocturne", "Interlude", "Dança guerreira" [youtube]
- James Levine/Wiener Philharmoniker/Deutsche Grammophon, 415 360-2 GH, Bailado completo (Extractos) [spotify]
- Lorin Maazel/Wiener Philharmoniker/RCA, 82876-60868-2, Suite nº 1 ("Nocturno-Interlúdio-Dança Guerreira") [youtube], Suite nº 2 ("Nascer do dia-Pantomina-Dança geral") [youtube]
- Daniel Barenboim/Orchestre de Paris/Deutsche Grammophon, 400 061 2-GH, Suite nº 2: "Nascer do dia" [youtube], "Pantomina" [youtube], "Dança geral" [youtube]
∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞
Maurice Ravel [Montfort-L'Amaury, 1928]
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